Por Marianne English
Um estudo recente ocupou o noticiário na semana passada, ao concluir que o consumo de café pode prevenir a depressão em mulheres.
Embora o trabalho seja um avanço no entendimento dos efeitos da cafeína sobre a saúde, é preciso tomar cuidado para não exagerar no cafezinho. Os autores apontam algumas limitações da pesquisa e a necessidade de se realizar mais estudos controlados sobre o tema, e não reomenda o aumento do consumo de café.
A análise, que se concentrou em 50.739 enfermeiras (com média de idade de 63 anos) entrevistadas no Nurses' Health Study, baseou-se em relatos de consumo de café e de outros alimentos e bebidas que contêm cafeína. Os pesquisadores acompanharam o grupo de 1996 a 2006.
Antes do início do estudo, os cientistas incluíram apenas mulheres que não sofriam de depressão ou não tinham histórico da doença. A depressão foi definida por diagnóstico clínico e pelo uso de antidepressivos. Os pesquisadores também tiveram acesso a dados variados, incluindo tabagismo, prática de exercícios, dieta e outros fatores sócio-econômicos.
Ao longo dos 10 anos de experimento, 2.607 mulheres sofreram de depressão clínica. Os pesquisadores compararam este grupo com outras mulheres que não apresentaram a condição. Dividindo as participantes em grupos segundo a regularidade do consumo de café (menos de uma xícara por semana, entre duas e seis xícaras por semana, entre dois e três xícaras por dia e assim por diante), os cientistas puderam verificar se os hábitos de consumo de café estavam associados à depressão.
Mulheres que bebem mais de quatro xícaras de café por dia apresentaram um risco 20% menor de ter depressão do que as que consumiram menos de uma xícara por semana. As que beberam duas ou três xícaras por dia também corriam menos riscos – 15% ou menos.
A depressão também acomete os homens, mas cada vez mais mulheres são diagnosticadas com a doença a cada ano nos Estados Unidos, daí a relevância deste estudo.
O que mais os pesquisadores descobriram sobre o consumo de café e a saúde mental?
Como uma substância química que altera o humor, a cafeína recebeu atenção considerável. Um estudo sugere que o café com cafeína desperta diferentes reações em algumas pessoas. Por exemplo, indivíduos com transtornos de ansiedade e síndrome do pânico tendem a se tornar mais ansiosos – não menos – depois de consumir a bebida.
Outro estudo relatou um aumento da ansiedade entre homens e mulheres que consumiam café, indicando que algumas pessoas podem ser sensíveis ao estimulante.
No entanto, a pesquisa atual é única, já que acompanhou as participantes durante um período de dez anos. E o mais importante: os pesquisadores recolheram informações sobre as mulheres antes de surgirem os primeiros sintomas de depressão.
Contudo, determinar uma relação de causa e efeito pode ser complicado. Faz sentido que pessoas com problemas de sono, depressão ou ansiedade evitem o café, o que explicaria por que mulheres que não sofrem de depressão consomem grandes quantidades da bebida.
Mesmo que o café não tenha um componente que reduza o risco de depressão em mulheres, os resultados ainda revelam o tipo de pessoa que se sente mais atraída pela bebida.
Vale mencionar que o excesso de cafeína – mais de quatro xícaras de café por dia – pode originar distúrbios do sono e prejudicar as funções do sistema nervoso central, segundo a organização Mayo Clinic.
Um estudo recente ocupou o noticiário na semana passada, ao concluir que o consumo de café pode prevenir a depressão em mulheres.
Embora o trabalho seja um avanço no entendimento dos efeitos da cafeína sobre a saúde, é preciso tomar cuidado para não exagerar no cafezinho. Os autores apontam algumas limitações da pesquisa e a necessidade de se realizar mais estudos controlados sobre o tema, e não reomenda o aumento do consumo de café.
A análise, que se concentrou em 50.739 enfermeiras (com média de idade de 63 anos) entrevistadas no Nurses' Health Study, baseou-se em relatos de consumo de café e de outros alimentos e bebidas que contêm cafeína. Os pesquisadores acompanharam o grupo de 1996 a 2006.
Antes do início do estudo, os cientistas incluíram apenas mulheres que não sofriam de depressão ou não tinham histórico da doença. A depressão foi definida por diagnóstico clínico e pelo uso de antidepressivos. Os pesquisadores também tiveram acesso a dados variados, incluindo tabagismo, prática de exercícios, dieta e outros fatores sócio-econômicos.
Ao longo dos 10 anos de experimento, 2.607 mulheres sofreram de depressão clínica. Os pesquisadores compararam este grupo com outras mulheres que não apresentaram a condição. Dividindo as participantes em grupos segundo a regularidade do consumo de café (menos de uma xícara por semana, entre duas e seis xícaras por semana, entre dois e três xícaras por dia e assim por diante), os cientistas puderam verificar se os hábitos de consumo de café estavam associados à depressão.
Mulheres que bebem mais de quatro xícaras de café por dia apresentaram um risco 20% menor de ter depressão do que as que consumiram menos de uma xícara por semana. As que beberam duas ou três xícaras por dia também corriam menos riscos – 15% ou menos.
A depressão também acomete os homens, mas cada vez mais mulheres são diagnosticadas com a doença a cada ano nos Estados Unidos, daí a relevância deste estudo.
O que mais os pesquisadores descobriram sobre o consumo de café e a saúde mental?
Como uma substância química que altera o humor, a cafeína recebeu atenção considerável. Um estudo sugere que o café com cafeína desperta diferentes reações em algumas pessoas. Por exemplo, indivíduos com transtornos de ansiedade e síndrome do pânico tendem a se tornar mais ansiosos – não menos – depois de consumir a bebida.
Outro estudo relatou um aumento da ansiedade entre homens e mulheres que consumiam café, indicando que algumas pessoas podem ser sensíveis ao estimulante.
No entanto, a pesquisa atual é única, já que acompanhou as participantes durante um período de dez anos. E o mais importante: os pesquisadores recolheram informações sobre as mulheres antes de surgirem os primeiros sintomas de depressão.
Contudo, determinar uma relação de causa e efeito pode ser complicado. Faz sentido que pessoas com problemas de sono, depressão ou ansiedade evitem o café, o que explicaria por que mulheres que não sofrem de depressão consomem grandes quantidades da bebida.
Mesmo que o café não tenha um componente que reduza o risco de depressão em mulheres, os resultados ainda revelam o tipo de pessoa que se sente mais atraída pela bebida.
Vale mencionar que o excesso de cafeína – mais de quatro xícaras de café por dia – pode originar distúrbios do sono e prejudicar as funções do sistema nervoso central, segundo a organização Mayo Clinic.
Fonte: Discovery
COMENTE!
3